O governo do Maranhão afastou das funções operacionais o policial militar acusado de agredir e torturar um adolescente em Trizidela do Vale, na região do Médio Mearim. A denúncia veio à tona após a família do jovem relatar que ele foi espancado dentro da casa da namorada, enteada do policial, e depois levado ao 19º Batalhão da PM, em Pedreiras, onde teria sofrido nova agressão.
De acordo com relatos, o adolescente visitou a residência a convite da jovem enquanto o policial estava ausente. A confusão começou quando o PM chegou e flagrou a visita. O jovem afirma ter sido espancado por cerca de 45 minutos antes de ser levado ao quartel, onde foi agredido novamente. Moradores ouviram a movimentação e acionaram a polícia.
A versão do policial aponta que o adolescente teria invadido a casa para roubar uma moto, o que a família nega categoricamente. A denúncia causou forte comoção em Pedreiras e Trizidela do Vale, provocando reação da população e cobrada providências.
O governador Carlos Brandão anunciou o afastamento imediato do agente e informou que a Polícia Civil instaurou inquérito para investigação rigorosa do caso. A Polícia Militar abriu um procedimento administrativo interno para apurar os fatos. O governo prometeu suporte jurídico, psicológico e social à vítima e à família.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou que não compactua com condutas ilegais de seus agentes e que o policial responderá às sanções previstas em lei, caso as agressões sejam confirmadas. O inquérito criminal apura fatos relacionados à tortura, dano qualificado, falsa comunicação de crime e ameaça, com prazo legal para conclusão da investigação.
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