Relator de açÔes de inconstitucionalidade sobre normas que tratam da indicação de conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão, o ministro Flåvio Dino (STF) contesta as mesmas regras que elegeram seu ex-chefe da Casa Civil como integrante do órgão em 2021.
Na Ășltima segunda-feira (4), Dino suspendeu o processo de escolha de membro do tribunal argumentando que haveria assimetria entre a sistemĂĄtica prevista na Constituição Federal para escolha de ministros do TCU (Tribunal de Contas da UniĂŁo) e as normas da Constituição do MaranhĂŁo e do regimento interno da Assembleia Legislativa maranhense.
Um dos pontos questionados diz respeito ao modelo de votação. As regras maranhenses preveem votação nominal para o TCE, em que o voto de cada deputado Ă© revelado, enquanto os membros do TCU sĂŁo eleitos de forma secreta. Na decisĂŁo, Dino cita jurisprudĂȘncia da corte em relação Ă inconstitucionalidade da adoção do modelo de votação aberta.
Essa sistemĂĄtica, no entanto, elegeu em agosto de 2021 Marcelo Tavares, chefe da Casa Civil de Dino quando o hoje ministro governava o MaranhĂŁo. Ele foi eleito por unanimidade.
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