Educação em tempo integral é plantar macaxeira”, diz Julinho

Na esteira de uma reportagem do Fantástico da Rede Globo, o prefeito do município de São José de Ribamar, Dr. Julinho (Podemos), enfrenta alegações de recebimento irregular de mais de R$ 32 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) identificou discrepâncias, apontando 21.186 alunos inexistentes em escolas de tempo integral, resultando em uma diferença de R$ 32.5 milhões.

Em uma tentativa de refutar as acusações, o prefeito foi a uma lavoura e, ao lado de uma aluna, declarou que mostrar a exploração da macaxeira no solo é uma forma de “educação integral”. O vídeo, divulgado em meio à polêmica, evidencia a defesa do prefeito diante das alegações de desvio de
verbas.

O TCE/MA realizou uma inspeção em 156 unidades educacionais de 40 municípios maranhenses, identificando irregularidades no município de São José de Ribamar. O relatório aponta um aumento significativo no número de matrículas em escolas de tempo integral, levando à investigação das infraestruturas dessas instituições.

A análise detalhada pelo Núcleo de Fiscalização II do TCE/MA revelou que, embora o Censo Escolar indicasse 21.186 alunos em tempo integral, o município possuía apenas uma escola nessa modalidade, com 333 alunos. Isso resultou em um desvio de R$ 32.5 milhões destinados a alunos inexistentes.

No último domingo, o Fantástico da Rede Globo abordou o escândalo, destacando a falta de explicação do prefeito Dr. Julinho sobre o paradeiro dos alunos e o destino dos recursos recebidos irregularmente.

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